Região tem tradições recuperadas e ainda ganhará parque e Museu a Céu Aberto



 Marquinhos de Oswaldo Cruz, idalizador do Museu a Céu Aberto na região, em frente à casa de Paulo da Portela, salva da demolição RIO - O proprietário da casa da Rua Carolina Machado 950 assinou a promessa de venda do imóvel para um grupo que ali ergueria um edifício. Mas, com dor na consciência, procurou Marquinhos de Oswaldo Cruz. No mesmo dia, o compositor e agitador cultural enviou, em tom de apelo, um e-mail ao prefeito Eduardo Paes e ao subsecretário municipal de Patrimônio Cultural, Washington Fajardo: "Vocês vão deixar que a casa do Paulo da Portela seja demolida?"

Não será, garante a prefeitura. E a situação, ocorrida há duas semanas, acelerou o processo de transformação do bairro de Oswaldo Cruz em sítio cultural, algo que deverá ser sacramentado em até dois meses e abrirá caminho para o Museu a Céu Aberto, um amplo projeto de preservação e renovação da história da cultura popular na grande Madureira, do Morro da Serrinha a Bento Ribeiro.

O salvamento da casa onde morreu em 1949, aos 47 anos, Paulo Benjamin de Oliveira, fundador da Portela e mito do samba e do Rio (seu funeral ainda é apontado como o maior que o subúrbio carioca já viu, tendo arrastado milhares de pessoas da Carolina Machado até o Cemitério de Irajá), se dá num momento em que a autoestima da região de Madureira está nas alturas.

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